sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

VAMOS FALAR SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL?

 

O que é e qual o seu objetivo?

Apesar de todos os avanços tecnológicos e também na medicina, ainda hoje falar sobre sexo e sexualidade provoca constrangimentos em algumas pessoas. Principalmente para nós Mulheres, que crescemos envoltas em tantos “nãos”, e somos obrigadas desde novas a esconder nossas curiosidades e até mesmo nossas dúvidas, vontades e desejos na área sexual.

Aprofundando os estudos na área da Sexualidade, deparei-me também com o homem cheio de dúvidas, medos, anseios, cobranças e despreparo nesse assunto. Afinal, apesar da sua educação onde tudo pode, infelizmente, ele também não tem uma Educação Sexual bem orientada, aprendendo erroneamente principalmente nos filmes pornográficos, o que na Vida Real é bem diferente e bem mais desafiadora.

Diante das minhas próprias dúvidas, medos, anseios e questionamentos, comecei a estudar a Sexualidade e a cada dia me apaixono mais pelo assunto. Somos seres únicos e individuais. Procurar entender e principalmente não julgar a opção sexual, desejos e descobertas de cada um, faz do meu trabalho um desafio constante.

A forma como a sexualidade é enxergada e tratada diverge entre pessoas de diferentes culturas, vivências e crenças. 

Com o objetivo e propósito de ajudar, entender, esclarecer e principalmente acolher, ressalto a importância da Educação Sexual, porque acredito que uma pessoa que se aceita, se entende e principalmente se acolhe terá uma vida mais equilibrada, assumindo à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não ocorram situações futuras indesejadas, como a contração de uma doença ou uma gravidez precoce e indesejada, além de todas as implicações psicológicas.

Com esse propósito e objetivo a educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de preconceitos e tabus. Um tema de extrema importância, pois esclarece dúvidas sobre preservativos, DSTs, organismo masculino e feminino, anticoncepcionais e gravidez.

Vários especialistas acreditam que a Educação Sexual também contribui para melhorias na saúde a longo prazo, para redução da violência doméstica e da discriminação e promoção da igualdade de gênero.

Infelizmente a conversa sobre Educação Sexual nem sempre acontece em casa e muitos jovens não recebem as devidas orientações e esclarecimentos importantes sobre questões que envolvem a sexualidade, e acabam aprendendo de forma errada com pessoas que não tem preparo e muito menos responsabilidade, sem contar as pesquisas no “google”, que abre portas para pessoas mal intencionadas e perigosas.

Como a Sexualidade é parte da vida humana, a abordagem da educação sexual nas escolas faz parte do entendimento de que a sexualidade é parte natural da vida humana e de nossa vivência social. Abordar a sexualidade  é de extrema necessidade nos ambientes de ensino, de forma a ajudar os jovens e adolescentes a compreenderem e lidarem melhor com as experiências naturais como puberdade, menstruação e virgindade.

Com esse olhar, especialistas da saúde e da educação entendem que a escola deve direcionar o assunto, com uma abordagem educativa.“Educar de maneira correta as próximas gerações aumentaria ainda a consciência da importância do consentimento durante a relação sexual.Se todo mundo tivesse educação sexual, até os casos de assédio poderiam diminuir porque todos estariam cientes da questão do consentimento; de que ‘não é não’ e ponto”, analisa a pedagoga Adriana de Oliveira, professora da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

Diante disso, fica claro, que o ideal é, sim, enfrentar o preconceito e falar sobre sexo com crianças, adolescentes e adultos. E esse é um papel que cabe a todos nós, principalmente à família.Os pais são os primeiros “professores” de educação sexual — afinal, qual criança não faz perguntas curiosas quando está descobrindo sensações, gostos e cheiros de seu corpo? Dica do especialista: Simples: responda normalmente.

Dessa forma e com o objetivo de orientar, educar e esclarecer, conforme observa a psicóloga Bruna Zimmermann, especializada em sexualidade humana pela USP: “Educação sexual não tem a ver com pornografia e promiscuidade. Pelo contrário, ela abre nossa mente para conhecermos nosso corpo e nossas limitações”.

 

Nádia Guimarães

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